domingo, 9 de junho de 2013

Aumento de problemas cardíacos diminui a venda da sibutramina no país

Estudo encomendado pela agência de vigilância européia indicou o aumento de 16% no risco de enfarte entre pessoas que tomaram a sibutramina, esse dado e a nova resolução, que proíbe, desde dezembro passado, o uso de emagrecedores derivados de anfetamina são os responsáveis pela queda de 34,5% no consumo do medicamento no Brasil.

Relatório preliminar feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)sobre o impacto da medida indica que, no período analisado, foram registradas 12 notificações de efeitos adversos do remédio, seis deles graves, relacionados a problemas cardiovasculares. “Esse número de efeitos adversos, ainda que preliminar, demonstra que temos de tratar o assunto com bastante cuidado: 50% de casos graves é algo que nos chama a atenção”, afirmou o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.

Baseada na insuficiência de dados que comprovassem a eficácia e segurança dos medicamentos, a resolução determinou a retirada dos emagrecedores anfepramona, femproporex e manzindol do mercado. O cancelamento do registro da sibutramina também foi cogitado, mas a Anvisa decidiu manter a venda do medicamento com regras mais rígidas.
Desde então, o remédio só pode ser prescrito para o paciente que for informado sobre os riscos e contraindicações. Para isso é necessário ter um termo de esclarecimento, assinado pelo paciente e pelo médico, e no ato da compra, além da receita, o paciente tem que deixar uma via na farmácia. A validade da receita que antes era de 60 dias agora passou a ser de 30. Também ficou decidido pelo órgão que a sibutramina deve ficar por monitoramento durante um ano e os dados de reações adversas devem ser apresentados pelas indústrias e médicos. 

O presidente da Anvisa afirma ser precipitado qualquer comentário sobre o destino da sibutramina no país, no entanto, está afastada qualquer possibilidade do retorno dos anfetamínicos. “Isso é passado. Está fora de questão”, afirmou. A redução do consumo de sibutramina revelada pelo relatório diverge das previsões feitas por parte dos médicos. Eles temiam uma migração do uso de anfetamínicos para a sibutramina. “Havia abuso na prescrição de todos os emagrecedores, tanto anfetaminas quanto sibutramina. Com regras mais rígidas, também receitas de sibutramina passaram a ser dadas com maior racionalidade”, avaliou Barbano. 

Fonte: http://www.aformulabr.com.br/site/tw/index.php/artigo/ler/84#.UbTEg9zSC08.blogger

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