domingo, 9 de junho de 2013

Ciclo Celular

                            
Fonte imagem: http://bgeseg11b.blogspot.com.br/2010/10/ciclo-celular.html

A vida da maioria das células pode ser dividida em dois momentos: quando ela não está se dividindo e quando se desenrola o processo de divisão celular. A sucessão desses dois eventos nós chamamos de ciclo celular.Células de organismos unicelulares podem se dividir repetidamente, desde que haja nutrientes e o ambiente externo lhe seja favorável. Mas células de organismos multicelulares só devem se dividir se uma
célula adicional for importante para todo o conjunto. Portanto, o ciclo celular deve ser muito bem regulado. Falhas no seu controle podem, por exemplo, causar um câncer (uma multiplicação descontrolada de células). O ciclo celular pode ser dividido em dois momentos: interfase e fase M (observe a figura acima).
Como ocorrem muitos eventos tanto na interfase quanto na fase M, nós os dividimos em subfases, como

  • Interfase: G1, S e G2
  • Fase M:  Prófase, Metáfase, Anáfase, Telófase e Citocinese
Em vários momentos dessas etapas acima relacionadas, a célula faz uma checagem para “decidir” se o ciclo deve continuar ou não, de forma a não perder o controle. Esses momentos são chamados de ponto de checagem. 

A Interfase

A interfase é todo o período de vida de uma célula situado entre duas fases M consecutivas. 
O primeiro período da interfase é o G1 (do inglês gap, intervalo). Durante este período a célula executa suas funções normais sem se ocupar com a divisão celular. 
O seu DNA encontra-se na forma de eucromatina e heterocromatina e sua transcrição ocorre normalmente. Além disso, no decorrer do período G1 a célula vai aumentando gradativamente sua massa. 
Em um determinado momento, sendo um dos fatores o próprio aumento de massa, a célula dispara o sinal para se dividir. Ela precisa aumentar sua massa antes da mitose porque caso isso não ocorra suas células- filhas serão cada vez menores. 
Como você deve imaginar, antes que a célula se divida em duas ela precisa duplicar o seu material genético 
para que cada uma das células-filhas receba a mesma quantidade de DNA que ela possui. Esse é o momento em que começa o período S (do inglês synthesis) da interfase. É no período S que ocorre a replicação do DNA. Devido a replicação, no final do período S a quantidade de DNA da célula encontra-se duplicada. Veja abaixo como ficam seus cromossomos (compare com o do período G1).
O último período da interfase é o G2. Nele a célula certifica-se de que todo o DNA já foi duplicado e cresce um pouco mais, se for necessário. Além disso, termina de duplicar os centríolos (ficando, então, com dois pares), processo que iniciou no período S, e aparecem as proteínas que formarão o fuso mitótico ou fuso acromático.
OBS: até o final da interfase a célula  tem pelo menos dois pontos de checagem. O primeiro deles é no final 
do G1. A célula certifica-se se está grande o suficiente para se dividir, se o ambiente é propício a uma divisão e se o DNA precisa ser reparado antes de iniciar o processo de replicação, típico do período S.
O outro ponto de checagem é no final do G2. A célula volta a se certificar se seu tamanho está apropriado, se não estiver ela espera crescer mais um pouco antes de entrar na fase M. Além disso ela verifica se todo o DNA foi replicado. 
Observe a figura abaixo:


A Fase M

Tendo chegado ao fim o período G2 a célula está em condições de iniciar a mitose. A partir de agora você verá uma sequência de eventos que culminarão com a divisão da célula em duas, cada uma com o mesmo número de cromossomos da célula-mãe.

  • Prófase 
Este é o período mais longo da mitose. Tente perceber a lógica da sequência de eventos que ficará mais fácil de você memorizar.
1. Imagine se a célula tivesse que dividir o número de cromossomos entre suas duas células-filhas puxando longos fios de DNA. Além de muito trabalhoso seria arriscado um cromossomo se enroscar com outro e se partir. Por isso antes de mover os cromossomos a célula os compacta. Essa compactação tem início na 
prófase. Nos centrômeros ocorre a formação do cinetocoro, estrutura protéica onde se liga o fuso. 
2. Os centrossomos (que são organelas que organizam os microtúbulos do citoesqueleto e que, geralmente, possuem, em células animais, um par de centríolos) se duplicam. Cada centrossomo se afasta do núcleo dirigindo-se para os pólos da célula. Ao redor deles formam-se os ásteres e à medida que eles se afastam 
surge entre eles o fuso mitótico ou acromático. O conjunto formado pelos centríolos, ásteres e fuso acromático é o aparelho mitótico.

  • Prometáfase
O envoltório nuclear se fragmenta e os cromossomos ligam-se ao fuso pelo cinetocoro.

  • Metáfase 
O termo metáfase faz alusão ao principal evento desse período. Os cromossomos são dispostos pelo fuso no meio da célula, formando a placa equatorial ou placa metafásica. Essa disposição dos cromossomos é importante para que a célula os movimente “tendo a certeza” de que a quantidade de cromossomo que está indo para cada lado é igual.
É na metáfase que os cromossomos atingem o seu mais alto grau de compactação. Com isso esse é o melhor momento para se fazer um estudo de cariótipo. Por isso a metáfase é também conhecida como a fase do cariótipo 

  • Anáfase 
É na anáfase que ocorre a separação das cromátides-irmãs dos cromossomos. 
Cada cromátide vai para um pólo diferente da célula, de tal forma que no final desse período cada pólo da célula tem o mesmo número de cromossomos da célula que iniciou o processo.


  • Telófase 
A telófase é basicamente o contrário da prófase. Nela os cromossomos se descondensam, surgindo novamente o nucléolo e o envoltório nuclear. Começa a divisão do citoplasma, com a formação de anel contrátil.

  • Citocinese
Enquanto que a mitose é a divisão do núcleo (cariocinese) a citocinese corresponde a divisão do citoplasma. O citoplasma se estreita de fora para dentro até a célula se dividir em duas, que agora voltarão ao período G1 da interfase

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